Cadê o sorriso que estava aqui? | Sobre a Saúde mental de crianças e adolescentes


Seu filho sempre gostou de andar de bicicleta, mas tem deixado ela largada? Anda irritado, apático e tudo parece incomodar? Isso pode ser um sinal de depressão e ela atinge cada vez mais crianças e adolescentes. 

Bem-vindo ao Maio Amarelo, uma campanha da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo) para conscientizar pais e famílias sobre o aumento de casos de depressão entre crianças e adolescentes, pois crescem os fatores de risco que podem desencadear problemas de saúde mental. A campanha também conscientiza sobre os riscos físicos e psicológicos envolvidos.

O diagnóstico precoce é fundamental, por isso os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos, reconhecer sinais que ajudem a identificar mudanças que possam ser consideradas preocupantes, mesmo que sejam sutis, de quadros depressivos ou ansiedade. Quanto antes forem percebidos os sintomas, menores os danos e as chances de expor a criança a uma situação de risco. 

Uma Pesquisa do Instituto de Psiquiatria da USP identificou sintomas de ansiedade ou depressão em 27% das 7 mil crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos. Para o coordenador do estudo, o professor da USP Guilherme Polanczyk, isso "não significa que estão com depressão, mas têm sintomas sugestivos e merecem avaliação". O dado acende um sinal de alerta para pais e especialistas. 

Muitos pais são céticos em acreditar e resistem em avaliar essa possibilidade, creditando a uma fase ou simples birra da criança. O diagnóstico, então, fica ainda mais complexo, pois os pequenos nem sempre conseguem manifestar o que sentem. 

A pandemia e o isolamento social criaram um cenário favorável ao crescimento dos casos de depressão e ansiedade, expondo as crianças a mais conflitos familiares, à percepção da morte mais explícita (e até mesmo a vivência do luto familiar), tudo isso integrado à perda de interações sociais, o excessivo uso de eletrônicos e uma rotina mais restrita de espaço e opções, fatores de risco que ajudam a desencadear os problemas da saúde mental.

A Psicóloga Clinica Ivana Castillo enfatiza uma atenção especial com nossos adolescentes “A adolescência é uma fase propícia para o aumento da ansiedade, pois é uma fase de busca e construção de identidade que os move para grupos em comum e estabelece vínculos sociais importantes para este processo. O fato de estarem mais isolados e restritos aos contatos com esses grupos, sentem-se sozinhos e o descontentamento frequente pode dar margem a um processo bioquímico, transtorno depressivo, por pouca recompensa e prazer quando não há satisfações na vida social.”


Sintomas

Diferente do adulto, que tem na tristeza uma evidência clara de um possível quadro depressivo, na criança essa característica nem sempre é tão evidente. Na verdade, elas tendem a se tornar mais irritadiças. 

Um único sintoma, porém, não será suficiente para que os especialistas suspeitem de algum transtorno; ele deve estar associado a uma somatória de sintomas e sinais. Um deles é a criança deixar de realizar e sentir prazer em momentos que antes eram prazerosos para ela, ligados a uma brincadeira, uma atividade social ou de lazer. Os pais também devem estar atentos ao sono da criança e do adolescente, se está tendo dificuldades para dormir, avaliar alguma mudança no apetite e no seu desempenho escolar.


Como não sabem verbalizar e expor o que sentem, as crianças e adolescentes podem manifestar suas dores emocionais em sintomas físicos, como dor de cabeça ou de barriga. Em casos mais graves, podem chegar a falar em morte ou desejo de morrer. Neste caso, um tratamento com acompanhamento especializado é fundamental, pois se o quadro não for tratado, pode levar ao suicídio - evento raro em crianças com menos de 12 anos. 

Cenário de atenção e acolhimento

A depressão infantil não possui causas definidas, mas há consenso que a genética ou fatores externos, como perda de parente, divórcio dos pais ou o atual cenário de pandemia, podem ser gatilhos para seu início. 

As crianças perderam contato com a escola, os amigos, parentes. Vivenciam o medo e o estresse familiar, fruto das diversas mudanças que as famílias tiveram que experimentar: uma mudança física, de cidade ou casa, a perda de emprego dos pais, a readequação orçamentária ou simplesmente a ansiedade dos adultos diante das incertezas. 
 
Enquanto isso, nos consultórios de psiquiatras, psicólogos e pediatras, não param de chegar crianças com sintomas de depressão e ansiedade. O desafio é avaliar e realizar um preciso diagnóstico sobre cada caso, se de fato pode ser uma depressão ou somente um transtorno transitório do atual momento. E acima de tudo, estimular sempre um ambiente positivo!

“É de suma importância neste processo que pais e responsáveis identifiquem o isolamento dentro de casa, eliminando a condição dele estar só. O diálogo em família continua sendo um instrumento de inclusão e acolhimento. Trazer o adolescente para dentro do clã também é uma boa estratégia, lembrando que os membros da família podem aderir às tarefas que ele tem como preferência.” reforça a psicóloga Ivana Castillo.

A pandemia não pode ser uma justificativa para a paralisia e a aceitação da adversidade. Os adultos devem influenciar um ambiente de segurança, criar perspectivas positivas na rotina de interações, seja a simples hora do lanche, o passeio na praça, o sol da janela, o filme, seja um jogo em família, estimulando a experiência do lúdico pela leitura ou música, ou seja, espantando as incertezas e os medos ao construírem um ambiente de proteção, atenção e acolhimento.

FONTE: Sociedade de Pediatria de SP - SPSP / Agência ESTADO 

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